A VINIPAX é uma feira que mostra a cultura dos Vinhos do Sul, nomeadamente das regiões do Alentejo, Algarve, Península de Setúbal e Tejo. Nestas regiões a influência mediterrânea é mais notória, com semelhanças ao nível das castas e dos métodos culturais que, aliados à moderna tecnologia, concorrem para a produção de vinhos gulosos, expressivos e com amplo espectro de degustação, marcando a identidade dos Vinhos do Sul.~
A VINIPAX conta com a Direção Técnica de Aníbal Coutinho e continua a apostar na projeção internacional da mesma. Vamos ter a presença de vários jornalistas das revistas da especialidade, vindos não só de Portugal, como também de diversos pontos do mundo que visitarão a feira e algumas adegas.
Apostamos na consolidação e crescimento da feira que queremos manter como a Maior Feira de Vinhos do Sul de Portugal. Esperamos uma forte afluência de público, à semelhança das últimas edições, atendendo ao facto que as entradas serem gratuitas (haverá lugar ao pagamento do copo para provas).
Junto da VINIPAX funcionará uma área de restauração - Sul à Mesa, zona de refeições, promovida por enoturismos da região, com ambiente distintivo, confortável e intimista, com música ao vivo, onde irão decorrer sessões de showcooking e provas de vinhos comentadas. Neste local funcionará uma Loja de Vinhos onde os produtores poderão vender os seus vinhos (ver normas de participação), podendo também vendê-los no seu stand.
O Município de Beja, na qualidade de entidade organizadora, vai continuar a reafirmar Beja como lugar central para as culturas agrícolas mais importantes, tendo a vinha e o vinho um lugar de destaque. Queremos ainda proporcionar claras vantagens económicas a todos aqueles que nos honrem com a sua presença.
O Alentejo é a região líder no mercado nacional na categoria de vinhos engarrafados de qualidade com Denominação de Origem (DOC Alentejo) ou Indicação Geográfica (Regional Alentejano), tendo uma quota de mercado de cerca de 40%.
Nos últimos 30 anos a área de vinha no Alentejo passou de cerca de 13 mil hectares para quase 23 mil hectares e de cerca de 40 produtores/engarrafadores passou-se para quase 360, tendo a produção de vinho crescido de cerca de 40 milhões de litros para mais de 100 milhões de litros. Esta situação foi uma consequência do crescimento da procura do vinho alentejano, o que provocou uma autêntica revolução na região. O êxito continuado dos vinhos alentejanos desde o final da década de oitenta levou a que inúmeros agricultores e investidores, alguns externos e outros da própria região, quisessem investir num negócio muito rentável.
Nesta história de crescimento para o estrelato merecem destaque, para além dos produtores e das Cooperativas Alentejanas, a Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA), criada em 1983, a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVR Alentejana), criada em 1989 e as instituições de Ensino Superior do Alentejo. Deve-se ainda sublinhar que em 1988 foram regulamentadas as primeiras denominações de origem alentejanas. Estas instituições revelaram-se mais dinâmicas, modernas e profissionais que as suas congéneres de outras regiões, apostando claramente na inovação, na tecnologia e na ciência, tornando possível que o vinho alentejano fosse um caso de sucesso. A partir do final dos anos 80 a maioria dos produtores de vinho comprou cubas de inox com sistemas de frio, entre outros equipamentos modernos e contratou técnicos especializados que tinham saído há pouco tempo das universidades e politécnicos, tornando-se alguns deles enólogos famosos passados alguns anos. O vinho alentejano tornou-se uma marca de qualidade porque foi a primeira região a eliminar os vinhos com defeito e passou a proporcionar ao consumidor vinhos jovens, frutados, com aromas e sabores que nunca tinham experimentado.