O ortopedista Francisco de Brito, explicou o que mudou na vida dos utentes com esta evolução nos tratamentos. Acima de tudo, esta é uma área em “constante desenvolvimento” e “ao longo dos anos têm saído novas técnicas artroscópicas (menos invasivas) e cada vez mais resolvemos os problemas dos doentes de forma pouca invasiva e de forma mais assertiva”.
Ao nível da rutura de tendões por exemplo, que antes era tratada “de forma conservadora, com fisioterapia e com reforço muscular dos outros tendões existentes”, atualmente, é usada uma terapia inovadora introduzida pelo Grupo do Ombro no Hospital José Joaquim Fernandes. “São pequenas incisões com menos de 1 centímetro e conseguimos reparar os tendões e evitar que esse ombro não funcione ou que desenvolva uma artrose secundária à rutura desses tendões”, explicou o especialista.
De referir que o ombro corresponde a uma área anatómica de complexidade extrema, que exige uma diferenciação técnica e uma abordagem multidisciplinar para garantir o sucesso do tratamento da doença e das suas manifestações, sendo, para isso, imprescindível a colaboração de outros profissionais, nomeadamente de médicos de Anestesiologia e de Fisiatria, Fisioterapeutas e das equipas de enfermagem do Bloco Operatório, do Internamento e das Consultas Externas hospitalares.
Neste âmbito, a ULSBA delineou protocolos de atuação, para os diversos momentos do tratamento destes doentes, desde o pré-operatório, até ao seguimento pós-alta hospitalar, passando pelo Internamento e Bloco Operatório, alicerçados em padrões técnicos atuais, que permitem um melhor tratamento dos doentes com patologia ao nível desta região anatómica, visando melhorar a sua condição e qualidade de vida.